quinta-feira, 30 de julho de 2009

População de golfinhos roaz no estuário do Sado


http://golfinhos.paginas.sapo.pt
Olá, nós somos os golfinhos residentes no estuário do sado e gostávamos de falar um pouco sobre nós e os problemas que estamos a vivenciar.
Os humanos deram-nos o nome comum golfinho roaz e o nome científico Tursiops truncatus, como queiram, isso não é muito relevante para nós. Nós constituímos uma pequena população de indivíduos residente no estuário do sado. Embora os nossos primos golfinhos roaz não estejam especialmente ameaçados a nível global, a nossa população encontra-se especialmente ameaçada e se vocês não nos ajudarem brevemente iremos desaparecer.

Já há alguns anos que nós estamos a viver com muitas dificuldades e o que mais nos tem afectado tem sido a poluição química, proveniente de descargas de resíduos urbanos, agrícolas e industriais, bem como da actividade excessiva das vossas embarcações, que também provoca poluição sonora, que nos afecta particularmente pois nós dependemos das nossas capacidades sonoras e de emitir sons para nos alimentarmos, comunicarmos aos nossos familiares situações de perigo e também para namorarmos.

A poluição química tem contaminado os nossos alimentos e nós próprios já estamos contaminados, e o problema agrava-se quando transmitimos essa contaminação às nossas crias, desde a placenta até à amamentação e é por isso que têm sido detectadas taxas de mortalidade infantil muito elevadas (imaginem como nós ficamos tristes cada vez que perdemos mais um filhote). O facto de sermos uma população pequena e envelhecida não ajuda muito à actividade reprodutiva, taxas de fecundidade e natalidade, mas se as nossas crias sobrevivessem talvez fosse possível a recuperação desta população.

Outra coisa que nos perturba imenso é a actividade turística de observação dos golfinhos no estuário do sado. Nós agradecemos que nos queiram ver de perto, e também gostamos muito de vocês, mas o barulho das embarcações faz-nos muito mal, ficamos muito nervosos, sob stress, o que nos afecta mesmo a nível fisiológico.

Para além disso, há sempre o risco de nos atropelarem com as embarcações. Nós pedimos que enquanto não arranjarem uma forma menos agressiva de nos visitarem não nos visitem, podem visitar os nossos primos no zoomarine pois assim irão ver golfinhos como nós mas, em vez de perturbarem as suas vidas, estarão a contribuir para a sua qualidade de vida (neste zoo eles são muito bem tratados e o trabalho de educação ambiental lá desenvolvido tem sido muito importante para todos nós).

Alguns cientistas, têm mostrado interesse em dar a volta a esta situação e criaram um projecto para conservar o nosso habitat, chama-se o Projecto Delfim.

Vamos agora referenciar algumas medidas que nos poderão ajudar a recuperar (1) :

- Controlar a qualidade da água

- reduzir a descarga de efluentes urbanos, industriais e agrícolas

- regular a pesca e apanha de marisco na região estuarina

- regulamentar a observação de golfinhos roazes na região do sado, minimizando a perturbação exercida

- reduzir o tráfego de embarcações e suprimir o tráfego de motas de água, nas zonas sensíveis de especial importância para os golfinhos

E as preocupações futuras deverão ser (1):

- Investigação focalizada na conservação desta população de golfinhos

- Obtenção de dados sobre as causas de morte (necrópsias e análise de poluentes nos tecidos dos animais), dando especial atenção aos arrojamentos

- colheita de amostras de pele (estudo genético da população)

- Acompanhamento demográfico e estudo da utilização do habitat

- averiguar eventuais contactos com outras populações para investigar possível intercâmbio genético com populações vizinhas

- promover o conhecimento da cadeia trófica do golfinho roaz na região do sado

E a cláudia acrescenta que devemos averiguar a existência ou não de doenças sexualmente transmissíveis que possam estar a afectar o sucesso reprodutivo desta população e se a causa tem origem antropogénica. E, caso isso se verifique, então como poderemos resolver essa situação.
(Couchino, M., s.d.). CONSERVAÇÃO DOS GOLFINHOS-ROAZES NO ESTUÁRIO DO SADO:QUAIS AS PRINCIPAIS PRIORIDADES?. Projecto delfim : Centro Português de estudos dos mamíferos marinhos.



4 comentários:

  1. É realmente emocionante ler estas noticias e saber que existe tanta gente boa em Setúbal. Deixaram vender a Troia, acabaram com o parque de campismo, não temos ciclovias, deram a feira de Santiago aos bairros sociais, deixaram construir bairros sociais na Bela Vista e Viso(zonas previligiadas da cidade),proibiram a pesca dá "toneira", proibem quase toda a actividade pesqueira, proibiram como entenderam a circulação de embarcações de recreio em parte do rio Sado, venderam o novo parque da Albarquel para fundador de barcos, não existem alternativas á circulaçõa ente Setubal e Troi sem ser atravez dos barcos da Sonae, agora vêm a publico dizer que já são 30 as entidades envolvidas.Haja vergonha meus senhores. os peixes são lindos é um facto! Mas a qualidade de vida das populações entra onde no vosso plano?Tanto se divulga a Costa Azul; a cidade á beira rio... tretas.Tudo isto é pura DEMAGOGIA e interesses economicos. os senhores que impulsionam este AMOR pelos golfinhos, é velos passear com belos barcos(que não poluem nem assustam os peixes), belas moradis em Soltroia( construidas sem cimento nem corte de arvores.vAMOS CUIDAR DOS GOLFINHOS SEM FINS LUCRATIVOS EM REGIME DE VOLUNTARIADO

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  2. 1. O que é que os problemas de ordenamento do território em setúbal têm haver com o post?

    2.Golfinhos são mamíferos não são peixes

    3. Não concordo nem defendo a proibição da actividade pesqueira, defendo a sua regulamentação, para que seja um sector com sustentabilidade, i.e., que possa continuar a existir no futuro e para tal as espécies não podem ser extintas. Defendo que com a regulamentação sejam criadas alternativas viáveis aos pescadores. No entanto, este post não é sobre esse assunto.

    4. defendo a gestão integrada e não me esqueço da importância às populações locais, defendo a sua educação e consciencialização e prezo a melhoria da sua qualidade de vida.

    5. Concordo que os planos de conservação possam ser fachada e concordo que poucas acções tomadas no nosso país não o sejam.

    6. Não tenho barco, casa em tróia nem nenhum interesse económico em defender que devem ser tomadas medidas para evitar a extinção desta espécie. No entanto, estou farta de viver no meio de pessoas que só se preocupam com os seus interesses, que poluem, que sujam, que destróem e que se estão a borrifar se existem outras espécies a desaparecer por culpa nossa.

    4. Haja vergonha, inconsciência e mal dizer têm limites.

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  3. Olá,
    Eu sou do 5 ano e estou a fazer um trabalho de grupo de ciencias da natureza e tinhamos de escolher uma área protegida e escolhemos o Estuariio do Sado podes-me dizer alguma coisa?
    Sabes eu vou ficar em anonimo mas a minha colega de grupo nao me anda a ajudar muito ela primeiro diz que tem impressora a seguir diz que nao ela sabia que eu tinha o fim-de-semana ocupado ate para fazer os tabralhos foi uma complicacao tiva imensa nos ainda nao fomos a biblioteca da escola ela almça fora por isso temos pouco tempo para ir a biblioteca eu ja tiva uma falta por isso se me podesses ajudar no trabalho agradecia.
    Adeus pareces ser querida nem muita gente se preocupa com os golfinhos os meus animais favoritos.
    Por favor responde a serio nao quero ter mais faltas.

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  4. Olá, desculpa só responder agora. envia-me um mail para este endereço cccfaria@gmail.com, e explica quais os objectivos do trabalho para ver se te posso ajudar.
    Saudações

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