sexta-feira, 10 de julho de 2009

Os Kogi

Na Sierra Nevada de Santa Marta, i.e, no interior da floresta tropical da colômbia, vive uma tribo muito especial, os Kogi.
Durante a invasão espanhola os Kogi viram-se obrigados a refugiarem-se cada vez mais para o interior da floresta, de forma a que se tornasse impossível alcançá-los. Caso contrário teriam sido exterminados, ou no mínimo, escravizados pelos nossos vizinhos espanhóis.

Desde então, nunca mais entraram em contacto com o mundo exterior. Formaram o seu próprio mundo. No entanto, sempre souberam da nossa existência, considerando-nos como o irmão mais novo e sendo eles o irmão mais velho. Esta classificação corresponde, na minha opinião, não só ao facto deles serem nossos ancestrais vivos, provêm de uma linhagem mais antiga, conservando os seus costumes desde sempre, como também ao facto de possuirem uma sabedoria acumulada muito superior à nossa.

Eles pensavam inclusive que nós estávamos mortos, que apenas os nossos corpos físicos tinham vida e que era uma mera questão de tempo até que desaparecêsse-mos.

Os Kogi aprenderam a viver em simbiose com a floresta da qual retiram apenas o que necessitam para subsistir e com um enorme respeito e gratidão. Conhecem os limites e as regras do jogo, sabem até onde podem ir e sabem que se não protegerem a sua casa a sua destruição é inevitável e com a floresta também eles desaparecerão.

Com a exploração devastadora que nós temos vindo a provocar nas nossas florestas (que continua a acontecer) e, nomeadamente na floresta desta tribo, os Kogi viram-se obrigados a contactar com o mundo exterior, no sentido de nos alertarem para os perigos que daí provêm.
Para tal, tiveram de aprender a falar espanhol, pois a principal forma de comunicação que eles desenvolveram foi a TELEPATIA e provavelmente uma linguagem própria. Só por aqui dá para compreender o nível de evolução espiritual deste povo maravilhoso.

Pode ser que esta aproximação contribua para a nossa evolução espiritual e o nosso bem estar, tal como o do planeta e seres vivos que nele habitam. Por outro lado, penso que também poderá ser benéfico para o próprio crescimento dos Kogi, pois nem todos nós estamos mortos, como eles pensavam, e muitos de nós estamos a despertar para caminhos espirituais enriquecedores, e em vez de serem os Kogi a transmitir os seus conhecimentos, pode ser o momento ideal para que haja uma troca de conhecimento e sabedoria entre os manos mais novos e os manos mais velhos. E quem sabe, esta fusão poderá trazer uma sabedoria inimaginável, muito além do esperado...

Vou terminar confessando que a minha admiração pelos kogi é tão grande que quase me transcende e que sempre que penso neles o meu coração enche-se de amor. Espero um dia vir a conhecer-vos pessoalmente, pois em espírito já nos conhecemos e muito bem.

Um bem haja aos Kogi

1 comentário:

  1. Também achei a historia dos kogi extraordinária.
    Pena é que não haja muitos seres humanos capazes de a compreender. É a "primitividade" da sua mensagem que encerra a sua simplicidade e grandeza.

    Cumprimentos

    Cromossoma 2

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